quinta-feira, 8 de março de 2012

Quaresma 2012 Quinta-feira da Segunda Semana da Quaresma (08/03/12) Boa parte da vida, desde os batimentos cardíacos até o nosso ciclo de dormir e acordar, é repetitiva. Talvez por isso os seres humanos se tornem criativos e irrequietos: para escapar aos ritmos naturais que nos parecem armadilhas. No entanto, ao contrário das rãs ou de cogumelos, estamos cientes da natureza repetitiva da vida, e podemos lhe dar nomes. Essa própria conscientização é a nossa fuga para além do ciclo cármico, em um tipo diferente de existência caracterizada por uma liberdade sem limites. Há, porém, o xis da questão. Queremos fugir, mas por outro lado não queremos liberdade demais. Nós preferimos laços de seda que nos amarrem ao que é familiar e previsível, uma coleira longa, mas não a gloriosa liberdade. No entanto, ao analisarmos mais de perto, é realmente impossível repetir exatamente qualquer coisa que seja, porque todas as articulações e cartilagens, cada parafuso e peça de motor, está se desgastando, e caminhando para a obsolescência. O boato da mortalidade, e da impermanência, dá início ao grande despertar. Em minha experiência, nada traz essa verdade para mais perto, do que a meditação, e a fiel repetição do mantra. Ela corta os laços de seda, e nos eleva acima do ciclo de deterioração natural, levando-nos para o momento presente, onde descobrimos que temos o poder de voar no reino espiritual, até mesmo a um certo grau, nesta terra. Recentemente, o centro de pesquisas Cern decepcionou a muitos que esperavam que a premissa da experiência, que sugeria que a velocidade da luz não é a velocidade mais rápida do universo, fosse confirmada. Até o momento ela ainda é. Exceçao feita ao amor, que impulsiona toda a repetição fiel. Laurence Freeman OSB .......................................................................................................................

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