terça-feira, 13 de março de 2012

Boa tarde amigos. A situação do Pe. Alex e muito séria, ele esta sedado, sofreu uma segunda cirurgia no coração. Na noite passada ele teve duas paradas.cardíacas e durante o procedimento para reanimá-lo acabou fraturando uma ou duas costelas e isso gerou uma pequena hemorragia interna daí a razão da segunda cirurgia. Queridos amigos, vamos clamar ao Senhor por um milagre, que Sua vontade, que Sua misericórdia cubra poderosamente o Pe. Alex e rezemos também por sua família para que encontrem em Jesus a força e a esperança neste momento tão difícil. Deus provê, Deus proverá, Sua misericórdia não faltará! Grande abraço, Deus os abençoe ! Padre Fabio/Sorocaba Que Deus tenha misericordia dele...que seu sacrificio nesta santa quaresma seja uma oblação agradavel a Deus para nossa salvação...amém

segunda-feira, 12 de março de 2012

Inspiração: Meus Pais

Inspiração: Meus Pais: Esta é minha mãe, Tereza de Jesus Muniz Miranda, nasceu em Caravelas sul da Bahia, em 16/09/1928. Sua história é muito alegre, porque...

domingo, 11 de março de 2012

sexta-feira, 9 de março de 2012

Inspiração: Meus Pais

Inspiração: Meus Pais: Esta é minha mãe, Tereza de Jesus Muniz Miranda, nasceu em Caravelas sul da Bahia, em 16/09/1928. Sua história é muito alegre, porque...

quinta-feira, 8 de março de 2012

No dia 27 de fevereiro de 2012, parte do clero e dos religiosos da Arquidiocese de Cuiabá (27 ao todo) emitiram uma "Carta Aberta" na qual se opõem – por motivos obscuros - ao reconhecido e sério trabalho evangelizador do Pe. Paulo Ricardo de Azevedo Júnior, e o caluniam de forma assustadora, chamando-o de "um homem amargurado, fatigado, raivoso, compulsivo, profundamente infeliz e transtornado" e que "não tem saúde mental" (sic), entre outras aberrações.

A carta, notadamente eivada de ódio e inspiração maléfica, tem por objetivo pressionar o Arcebispo de Cuiabá, Dom Mílton Antônio dos Santos,SDB, e a CNBB para que - mas letras da carta - "Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior seja imediatamente afastado das atividades de magistério (...) que seja afastado de todos os meios de comunicação social em todo e qualquer suporte", num desejo de censura ABSURDO e INFUNDADO.

Nós, filhos espirituais do Pe. Paulo Ricardo, simpatizantes do seu trabalho e todo o povo católico não podemos concordar que isso aconteça.
Seria uma perda INCOMENSURÁVEL para a Igreja no Brasil, e uma INJUSTIÇA medonha contra o Pe. Paulo Ricardo.

Por isso, com essa Petição Online, desejamos manifestar a Dom Milton, e a toda a CNBB, nosso apoio total e irrestrito ao Pe. Paulo Ricardo e ao seu benéfico trabalho de salvação de almas!

Assine e divulgue ao maior número de pessoas!

Deus lhe recompensará por defender a Justiça!
http://www.peticoesonline.com/peticao/em-apoio-ao-pe-paulo-ricardo-de-azevedo-junior/395
Quaresma 2012 Quinta-feira da Segunda Semana da Quaresma (08/03/12) Boa parte da vida, desde os batimentos cardíacos até o nosso ciclo de dormir e acordar, é repetitiva. Talvez por isso os seres humanos se tornem criativos e irrequietos: para escapar aos ritmos naturais que nos parecem armadilhas. No entanto, ao contrário das rãs ou de cogumelos, estamos cientes da natureza repetitiva da vida, e podemos lhe dar nomes. Essa própria conscientização é a nossa fuga para além do ciclo cármico, em um tipo diferente de existência caracterizada por uma liberdade sem limites. Há, porém, o xis da questão. Queremos fugir, mas por outro lado não queremos liberdade demais. Nós preferimos laços de seda que nos amarrem ao que é familiar e previsível, uma coleira longa, mas não a gloriosa liberdade. No entanto, ao analisarmos mais de perto, é realmente impossível repetir exatamente qualquer coisa que seja, porque todas as articulações e cartilagens, cada parafuso e peça de motor, está se desgastando, e caminhando para a obsolescência. O boato da mortalidade, e da impermanência, dá início ao grande despertar. Em minha experiência, nada traz essa verdade para mais perto, do que a meditação, e a fiel repetição do mantra. Ela corta os laços de seda, e nos eleva acima do ciclo de deterioração natural, levando-nos para o momento presente, onde descobrimos que temos o poder de voar no reino espiritual, até mesmo a um certo grau, nesta terra. Recentemente, o centro de pesquisas Cern decepcionou a muitos que esperavam que a premissa da experiência, que sugeria que a velocidade da luz não é a velocidade mais rápida do universo, fosse confirmada. Até o momento ela ainda é. Exceçao feita ao amor, que impulsiona toda a repetição fiel. Laurence Freeman OSB .......................................................................................................................

terça-feira, 6 de março de 2012

domingo, 4 de março de 2012

QUARESMA 2012 Segundo Domingo da Quaresma (04/03/12) Deus pôs Abraão à prova e lhe disse: 'Abraão', ele respondeu: 'Eis-me aqui!' Deus disse: 'Toma teu filho, teu único, que amas, Isaac, e vai à terra de Moriá, e lá o oferecerás em holocausto sobre uma montanha que eu te indicarei.' (Gênesis 22, 1-2) Sentimos que não é estória agradável. Um Deus que preferiríamos jogar no monte de lixo de refugo antropológico. Contudo a terra de Moriá constitui uma realidade nos domínios mais profundos e interiores de nosso ser. É onde, como nos lembram os místicos de todas as tradições, temos de entregar ('sacrificar') tudo aquilo a que estamos ligados. E qual o ser humano que não é afeiçoado aos que ama? Como podemos não ser? Sabemos que a terra de Moriá existe, mas não sabemos em qual montanha – em que circunstâncias ou qual hora, ou de que forma – seremos forçados a largar tudo. Entretanto não existe amor sem sacrifício, porque o amor só pode crescer através do desapego, de um contínuo deixar ir. E se não existe amor em nossa vida, ainda assim temos de nos desfazer disso. A meditação torna mais fácil de entender essa estória desagradável. John Main disse que 'ao entrarmos em nosso silêncio interior, estamos entrando em um vazio no qual somos desfeitos. Não podemos continuar a ser a pessoa que fomos ou pensamos que fomos. Contudo, na verdade, não estamos sendo destruídos, mas despertados para a fonte eternamente natural de nosso ser.' ( A Palavra que Leva ao Silêncio). Mesmo assim, podemos não estar muito interessados em enfrentar este fundo de realidade. É provável que, no começo, façamos só breves visitas antes de retornar depressa à superfície para respirar o ar de familiaridade e conforto. O deserto diz respeito à aprendizagem para aumentar nossa capacidade no real, para suportar as exigências que ele faz. O mais importante de tudo, entretanto, é que possamos entender o sentido da leitura do evangelho de hoje, que a Igreja, com sabedoria, justapõe à estória de Abraão e Isaac. Hoje lemos sobre a transfiguração de Jesus na 'montanha sagrada', junto àqueles que ele amava e compartilhavam de sua presença. Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e os levou sozinhos para um lugar retirado sobre uma alta montanha. Lá foi transfigurado diante deles. Suas vestes tornaram-se resplandecentes, extremamente brancas, de alvura tal como nenhum lavadeiro na terra as poderia alvejar. (Mc 9, 2-3). A transfiguração veio daqueles profundos domínios interiores em que ele viveu. Ela tocou e mudou até mesmo suas roupas: a começar da profundidade em que não há nenhum pormenor sem importância, só exatidão, até a superfície em que as coisas que fazemos na vida diária são realizadas. Laurence Freeman OSB

sábado, 3 de março de 2012

QUARESMA 2012 Sábado da Primeira Semana da Quaresma (03/03/12) "Sede perfeitos como o vosso Pai Celeste é perfeito". Com tal desafio como é que o Cristianismo nunca diminuiu, como freqüentemente acontece, tornando-se uma mera moralidade ou outra ideologia concorrendo para a dominação do mundo ou, ainda pior, um refúgio para aqueles que temem a revolução do espírito? Não apenas que a "perfeição" seja algo desanimador. No contexto o termo refere-se ao amor ilimitado e sem julgamento de Deus, que é testado nas relações humanas pela nossa capacidade de amar a quem nos prejudica ou nos rejeita. O perfeccionismo é um refúgio para uma religião que não quer entender isso, e que prefere a satisfação do ego de estabelecer regras que tem prazer em manter e um prazer perverso em quebrá-las. Se Deus fosse tão fácil assim de compreender, nós teríamos uma outra sorte na vida. Não haveria a sede insaciável que existe no cerne da existência humana. Mas como podemos suportar um convite à divinização de um estranho que não aceita não como resposta, e sem sentir vergonha, retorna para mais uma rejeição? Jesus muitas vezes impacientou-se com seus discípulos – "lentos para compreender". Vemos a mesma resistência no tempo que leva para muitos de nós entendermos a meditação. Existem muitos livros e ensinamentos que dizem que a meditação é algo bom, é claro, como uma preparação para ouvir o que Deus tem a nos dizer. Essa é uma forma piedosa de fugir da questão – não muito diferente de dizer que, sim, a meditação é boa porque nos faz dormir melhor à noite e reduz nosso colesterol. Chegar ao ponto de que Deus é o silêncio, essa é a questão. Nossa tradição mística nos ensina isso. Mas parece ser mais fácil ir pela rota mais complicada. E por que trazer a meditação para a discussão? Não é mais fácil repetir que há um caminho mais simples e direto para casa? Laurence Freeman OSB

¡Vivificar!: La oración contemplativa (Parte 2 de 2)

¡Vivificar!: La oración contemplativa (Parte 2 de 2): Autor: R.P. Tomás Merton, OCSO (+1968) | Fuente: Abandono.com La verdadera contemplación no es un truco psicológico, sino una gracia teo...

¡Vivificar!: La oración contemplativa (Parte 1 de 2)

¡Vivificar!: La oración contemplativa (Parte 1 de 2): Autor: R.P. Tomás Merton, OCSO (+1968) | Fuente: Abandono.com La oración contemplativa es, en cierto modo, simplemente la preferencia por ...
Quaresma 2012 Sexta-feira da Primeira Semana da Quaresma (02/03/12) Põe-te de acordo com teu adversário no tempo favorável (Mt 5,25) O problema é o tempo, mas ele também contém sua própria solução. A pergunta sempre é: o que é "tempo favorável" e quanto ele dura? Talvez a natureza ambígua do tempo seja a razão pela qual é tão fácil para nós adiarmos o necessário e negarmos o inevitável. Achamos que sempre teremos mais tempo para fazer o que temos que fazer. Depois nos damos conta, na última hora, quando fica tarde demais porque o tempo está acabando, que já não podemos mais nos reconciliar com nossos adversários ou curar os conflitos dentro de nós, ou aquelas manifestações de nossos conflitos interiores projetados em nosso relacionamento com os outros. Aí, então, somente podemos mergulhar mais fundo no solo do ser, nas grandes profundezas do momento presente. Há cura lá na fonte de nosso ser. Mas muito sofrimento poderia ter sido evitado se tivéssemos feito isso no tempo favorável. Enquanto escrevo isto, as tropas do governo sírio estão repetindo outra vez um padrão na história humana de massacrar o inocente e destruir lares, infâncias e esperanças. O tempo não é favorável. Mas mesmo sabendo que o desejo de derramar sangue vai se desgastar e que no final alcançarão um "acordo", a marca deixada por esse conflito é praticamente indelével. Mesmo para aqueles ainda não nascidos a vida será consequentemente mais difícil. Planejamos as coisas fáceis e evitamos as difíceis. Nós nos esquecemos de medir o tempo pela régua da realidade. Em algumas velhas imagens de São Bento, ele é mostrado segurando a Regra numa mão e um tipo de bastão na outra. Alguns dizem que o bastão é necessário para punir as desobediências à Regra. Eu prefiro vê-lo como uma bastão de medição, como o batuta de um maestro, usada para medir o tempo. Para se medir qualquer coisa deve haver limites aceitos, um começo e um fim. E é disso que trata a regra dos dois períodos diários de meditação. Laurence Freeman OSB

¡Vivificar!: Tiempo de gracia y bendición

¡Vivificar!: Tiempo de gracia y bendición: Autor: P. José P. Benabarre Vigo | Fuente: El Visitante El calendario litúrgico o de la Iglesia nos introduce ahora en la Cuaresma. Quizás...

sexta-feira, 2 de março de 2012

My Immortal by Gregorian on Grooveshark

                          AYUNAR, ¿PARA QUÉ?
“Moderando los placeres de la carne se adquiere el gozo del espíritu”
(San Agustín: De la utilidad del ayuno, 6) San Agustín escribió un pequeño libro sobre la utilidad del ayuno. Lo escribió hacia el año 412, cuando el santo vivía en continuas luchas dialécticas contra los donatistas.
Por eso, la mayor parte de las páginas de este pequeño libro relacionan el ayuno con temas teológicos que a nosotros hoy no nos interesan.
No obstante hay algunas ideas sobre el ayuno que me parecen interesantes, porque valen para todos los tiempos. Me voy a fijar exclusivamente en dos:
el ayuno debe contribuir al bienestar general de nuestro cuerpo, refrenando sus deseos desenfrenados, porque el cuerpo debe estar siempre sometido al espíritu; además, nuestro ayuno debe repercutir directamente en bien de nuestro prójimo necesitado. Para mostrar esto, tomaré también algunas frases de otros libros del santo.
1.- El ayuno es bueno para someter nuestro cuerpo al espíritu. San Agustín tiene muy claro que nuestro cuerpo tiene tendencias desordenadas que nos incitan al mal y al pecado. Una de estas tendencias desordenadas está directamente relacionada con el comer y beber y esta tendencia desordenada debe ser frenada por el espíritu.
Un medio para conseguir esto es el ayuno. Mi cuerpo es mi jumento y muchas veces intenta arrojarme fuera del camino,
¿no voy a reprimir con el ayuno a este jumento encabritado? (Utilidad del ayuno, 3).
Todos sabemos que hay muchas cosas que nos apetecen y que, sin embargo, nos hacen daño. La gula es un apetito Desordenado de comer y beber. Muchas veces, por dejarnos llevar de la gula estropeamos el estómago y el bolsillo.
Los diabéticos saben muy bien que necesitan privarse de comer determinadas cosas, si no quieren estropear gravemente su salud. Y todas las personas sabemos por experiencia que, como le dice Don Quijote a Sancho, “en la oficina del estómago se fragua la salud del cuerpo”. Parece evidente que debemos comer para vivir, no vivir para comer.
Los que aceptan el deseo de comer y beber para así seguir viviendo, no viven para comer, sino que comen para vivir (Sermón 51, 24).
Tampoco vamos a pensar que es malo disfrutar con la comida, tratando de comer lo que más nos gusta, no, no es censurable buscar en la comida la calidad del alimento, sino el ansia de comer (CD 16). El comer con ansia siempre es perjudicial para la salud.
En fin, que el ayuno no sólo puede ser bueno para el cuerpo, sino que muchas veces puede ser hasta necesario. De vicios, cenas y penas, hallarás las tumbas llenas. Más mató la cena, que curó Avicena.
En fin, que debemos vigilar con sumo cuidado el placer lícito de comer y beber, no rebasando nunca la medida de la templanza
(Réplica a juliano, 4).
2.- El ayuno debe repercutir directamente en el bien de nuestro prójimo. San Agustín lo tiene muy claro: nuestro ayuno debe
servir también para ayudar al prójimo necesitado. Si, con tu ayuno, no ayudas a tu prójimo, de poco te va a servir el ayuno.
El ayuno sin misericordia de nada sirve a quien lo hace (Sermón 207). Al rico, dice el santo, que desprecia a sus criados, de poco le servirán ante Dios sus ayunos. ¿Va Dios a aprobar tu ayuno cuando no reconoces a tu hermano? En este sentido, es sabido que para San Agustín el ayuno, como la limosna, son no sólo obligación de la caridad, sino de la misma justicia. La escasez voluntaria del rico debe ser abundancia necesaria para el pobre (Sermón 210).
3.- San Agustín, en el tema del ayuno, se fija también en algún otro aspecto que puede resultarnos interesante.
Dice, por ejemplo, que parecería ridículo que uno cumple con el ayuno simplemente porque come menos cantidad, si lo que busca es una mayor calidad y precio en los alimentos. En los días de ayuno no debemos alimentar nuestro cuerpo con alimentos costosos y difíciles de encontrar, sino con los más comunes y baratos (Sermón 207) Y en lo que insiste, una y otra vez, es que el fin principal del ayuno es corregir los vicios y aumentar las virtudes. El más grande y mejor ayuno es abstenerse de las iniquidades y placeres ilícitos (Ev. de San Juan, 17, 4). Es decir, que el ayuno es sólo un medio para ser mejores cristianos, nunca un fin en sí mismo. Si el ayuno no nos sirve para ser mejor.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Dom John Main, OSB - WCCM

Quaresma 2012
Quinta-feira da Quaresma - Semana 1 (01/03/12)
Peça e você receberá...

Se nós recebermos este incentivo na fase mágica do nosso desenvolvimento, vamos ou nos tornar muito decepcionados muito rapidamente, ou seremos forçados a ginásticas metafísicas que bagunçam as nossas mentes.

Até mesmo a mente racional não pode fazer muito sentido desta afirmação que a nossa prática espiritual vale a pena. Para pedir... mas para quê? E quantas vezes? O que devemos oferecer em troca? Mil rosários, desistindo de bebida na Quaresma? Para a mente contemplativa, no entanto, onde paradoxo e sutileza estão mais em casa, estas palavras de Jesus fazem perfeito sentido.

Pedir alguma coisa é reconhecer que não temos isso. É humilhante e arriscado para o ego auto-suficiente, porque a confissão de toda a necessidade nos torna vulneráveis . O truque é perceber que não estamos a pedir qualquer coisa que queremos. Estamos apenas colocando-nos neste estado de pedir - um primeiro passo para a pobreza de espírito e desapego radical. Pedindo por coisa nenhuma significa que nós recebemos tudo o que pedimos, porque é dado na própria forma de pedir. A resposta está na pergunta se ouvirmos silenciosamente o suficiente.

Isso não vai fazer você ganhar na loteria ou consolá-lo com a fantasia de que você pode, mas isto vai ajudar você a viver contente sem ganhar.

Da mesma forma, meditação é atenção, prestando atenção sem prender-se a qualquer objeto de atenção e dispensando todas as imagens e pensamentos. Oração pura, sem aditivos.

Não é um jogo complexo, mas como todos os jogos tem regras. Na verdade, esta é a única regra deste jogo. A disciplina duas vezes por dia de meditação não é tanto uma regra como o bilhete para o jogo.
Laurence Freeman OSB

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

QUARESMA 2012 Quarta-feira da Quaresma - Semana 1 (29/02/12)

Relaxamento e calma é um subproduto de um bom trabalho.
Obviamente, se você se esforçar para relaxar o esforço para fazê-lo só vai criar mais tensão. Dê à meditação tudo que você tem, mas não tente demasiado forte. A meditação é um bom trabalho e leva a um tipo de descanso que não é passivo e entorpecido, mas claro, alerta e dinâmico.
 Isso é chamado paz.
O trabalho é a troca de energia entre diferentes formas. Quando começamos qualquer meditação, somos absorvidos nas formas de círculos de pensamentos diários e sentimentos, em todas as suas manifestações passadas e futuras. Elas representam o trabalho de nossas vidas diárias - necessário e útil.
No entanto, no momento em que começamos o trabalho de meditação - para estar no presente - essas formas se tornam distrações que devem ser deixadas para trás, todas elas. Instintivamente a mente tenta se comprometer - a dizer o mantra e, ao mesmo tempo, manter-se planejando ou sondando os pensamentos dolorosos ou entregando-se aos agradáveis.
Então, especialmente se você está estressado e sente que não tem tempo suficiente, tudo parece um desperdício de tempo, trabalho não-produtivo. Abraçar este desperdício aparente, porém, o transforma no mais poderoso estado da pobreza de espírito que é o caminho mais rápido para casa.
É como fazer o check-in para um vôo lotado, em um assento do meio na fileira de trás da classe econômica, próximo ao banheiro, e ser promovido para a classe executiva. Você pode não acreditar na sua sorte. Isso soa um pouco egoísta; o que torna altruísta é que você também percebe que todo mundo pode aproveitar a mesma "promoção de vida". E tenta avisá-los disso.
  As distrações vêm em embalagens diferentes - pensamentos triviais e superficiais de sua vida, questões pessoais mais profundas e (os vírus realmente perigosos) ambições espirituais e auto-avaliação. Toda a vez começamos de onde estamos. A maioria de nós começa com uma infinidade de imagens.
Tomar a direção oposta a elas, retornar fielmente ao mantra, no coloca em um reinício. Com o tempo, vemos que a fonte de toda a distração é a auto-consciência, a tendência de formar uma imagem de nós mesmos.
 Deixar isso para trás é o mais duro trabalho do deserto.
Mas isso leva para o oásis de auto-conhecimento e, eventualmente, para a terra prometida em si.
Laurence Freeman OSB

terça-feira da Quaresma




 
QUARESMA 2012
Terça-feira da Quaresma - Semana 1 (28/02/12)
"Sim, se vós perdoardes aos outros as faltas que eles cometeram, também o vosso Pai celeste vos perdoará; mas, se vós não perdoardes aos outros, vosso Pai também não perdoará as faltas que vós cometestes". (Mt 6, 14-15)
Esta é uma simples equação cármica que é bastante óbvia na nossa experiência no plano psicológico. A conexão entre as duas partes não é uma ameaça apenas descritiva. O Pai não se recusa a perdoar, apenas nós não podemos sentir o perdão do Pai que nos envolve a não ser que perdoemos. Então precisamos entender o que significa perdoar.
Se eu não posso relevar o jeito com que as pessoas tem me ferido, intencionalmente, inconscientemente ou até mesmo na minha fantasia, eu permanecerei congelado no tempo. Estarei reagindo no presente a partir de um roteiro imutável e repetindo memórias do passado. Vítimas de abuso ou perseguição sofrem isto traumaticamente. O que chamamos de cura é, na verdade, forçar a abertura do torniquete do passado para permitir que a medicina do perdão toque o local da ferida.
Além e dentro do nível psicológico, no entanto, está o domínio espiritual. Aqui, poderosas e misteriosas forças giram como galáxias no cosmos. Mas, ainda, que sejam vastas e cósmicas elas são amigáveis e nos conhecem melhor que nós a nós mesmos, embora não imponham este conhecimento sobre nós, pois assim nos massacrariam.
Cada uma dessas forças é uma emissão no plano do ser (o Pai). Elas são essencialmente, variações da energia primordial do amor. O objetivo da meditação é o de viver tão plenamente quanto possível na presença desta energia e aberta à ela.
Aprender a meditar é aprender a permitir a percepção desta energia se tornar uma realidade contínua, alimentando cada pensamento, palavras e ações. Para aprender qualquer coisa precisamos ter a humildade para ouvir e começar com tarefas simples do conhecimento que estamos adquirindo. Ficamos satisfeitos com este processo, assim como, ficamos profundamente satisfeitos, ao aprender a dizer o mantra.
A consequência desta aprendizagem é a transformação. Energizados pelo amor descobrimos que podemos perdoar porque o perdão é apenas um outro nome para o amor quando encontra a resistência da dor e rompe e restaura a integridade do ser.
Laurence Freeman OSB


Jorge de Nicomedia - (séc. IX)



Beijo a tua paixão,
com a qual fui libertado das minhas más paixões.

Beijo a tua Cruz,
com a qual condenaste o meu pecado
e me libertaste da condenação à morte.

Beijo aqueles cravos,
com que removeste o castigo da maldição.

Beijo as feridas dos teus membros,
com que foram curadas as feridas da minha rebelião.

Beijo a cana com que assinaste o atestado da minha libertação
e com que feriste a cabeça arrogante do dragão.
Beijo a esponja encostada aos teus lábios incontaminados,
com que a amargura da transgressão
me foi transformada em doçura.

Tivesse podido eu degustar aquele fel,
que dulcíssimo alimento não teria sido!

Tivesse podido eu tomar o vinagre,
que bebida agradável!

Aquela coroa de espinhos
teria sido para mim um diadema régio.

Aquelas cusparadas
me teriam ornado como esplêndidas pérolas.

Aquelas zombarias
me teriam ornado como sinal de profundo obséquio.

Aquelas bofetadas
me teriam glorificado como o prestígio mais alto.

Eu te beijo, Senhor,
e a tua paixão é o meu orgulho.

Beijo a lança que dilacerou o documento da minha dívida
e abriu a fonte da imortalidade.

Beijo o teu lado do qual jorraram os rios da vida
e brotou para mim o rio perene da imortalidade.

Beijo a tua mortalha com que me adornaste
tirando-me minhas vestes vergonhosas.

Beijo o preciosíssimo sudário de que te revestiste
para envolver-me na veste dos teus filhos adotivos.

Beijo o túmulo
no qual inauguraste o mistério da minha ressurreição
e me precedeste pela estrada que sai do Hades.

Beijo aquela pedra
com a qual me tiraste o peso do medo da morte.