sábado, 3 de março de 2012

QUARESMA 2012 Sábado da Primeira Semana da Quaresma (03/03/12) "Sede perfeitos como o vosso Pai Celeste é perfeito". Com tal desafio como é que o Cristianismo nunca diminuiu, como freqüentemente acontece, tornando-se uma mera moralidade ou outra ideologia concorrendo para a dominação do mundo ou, ainda pior, um refúgio para aqueles que temem a revolução do espírito? Não apenas que a "perfeição" seja algo desanimador. No contexto o termo refere-se ao amor ilimitado e sem julgamento de Deus, que é testado nas relações humanas pela nossa capacidade de amar a quem nos prejudica ou nos rejeita. O perfeccionismo é um refúgio para uma religião que não quer entender isso, e que prefere a satisfação do ego de estabelecer regras que tem prazer em manter e um prazer perverso em quebrá-las. Se Deus fosse tão fácil assim de compreender, nós teríamos uma outra sorte na vida. Não haveria a sede insaciável que existe no cerne da existência humana. Mas como podemos suportar um convite à divinização de um estranho que não aceita não como resposta, e sem sentir vergonha, retorna para mais uma rejeição? Jesus muitas vezes impacientou-se com seus discípulos – "lentos para compreender". Vemos a mesma resistência no tempo que leva para muitos de nós entendermos a meditação. Existem muitos livros e ensinamentos que dizem que a meditação é algo bom, é claro, como uma preparação para ouvir o que Deus tem a nos dizer. Essa é uma forma piedosa de fugir da questão – não muito diferente de dizer que, sim, a meditação é boa porque nos faz dormir melhor à noite e reduz nosso colesterol. Chegar ao ponto de que Deus é o silêncio, essa é a questão. Nossa tradição mística nos ensina isso. Mas parece ser mais fácil ir pela rota mais complicada. E por que trazer a meditação para a discussão? Não é mais fácil repetir que há um caminho mais simples e direto para casa? Laurence Freeman OSB

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